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sábado, 21 de abril de 2012

As Regras do Namoro no Século 18


 A postagem  a seguir foi extraida do Blog  Mulheres Virtuosas. Portanto, os comentários a seguir são da autoria da Aline Ramos, proprietária do blog. Por ser um assunto interressante, tratando dos costumes do século XVIII, estamos colocando a postagem dela na íntegra.

Este post é a transcrição de uma entrevista realizada com os atores do filme “Orgulho e Preconceito”, filme baseado no livro de Jane Austen, escrito na Inglaterra do século 18. O filme é meu referencial de filme no que diz respeito a bons valores para romance (só uma observação: o único filme que conheço que não tem beijo entre os mocinhos! xD), além de ser de excelente qualidade (diga-se de passagem: um de meus favoritos! rsrs).
A entrevista faz parte dos Bônus do DVD, com o título “As regras do Namoro”. Eu sou meio suspeita pra emitir qualquer posição a esse respeito, porque o simples fato de retratar a vida no século 18 já ganha quase todos os meus pontos (rsrs) – eu sou mesmo fascinada por aquela época, ou pelo menos por muitas coisas daquela época, uma delas é o relacionamento entre moças e rapazes.
Mas, além de conhecer e entender como isso acontecia há alguns séculos atrás, e fazer um paralelo com o que vivemos hoje, é interessante porque a entrevista expõe a opinião de pessoas que vivem na realidade atual, moderna, pessoas de diferentes idades e posições, que estudaram aquela realidade para poder reproduzi-la no filme. Isso é o que mais me chama atenção. Provavelmente não são cristãos, são somente pessoas comuns, mas que relatam a forma como ocorre o relacionamento entre homens e mulheres em nossa sociedade moderna, comparando-a com as enormes disparidades para com a sociedade de algumas gerações passadas.
É óbvio que não concordo com todas as “regras do namoro no século 18”, e o objetivo do post não é esse, mas apenas nos trazer à reflexão algumas dessas questões, como a pureza, o nível de contato físico que temos uns com os outros, o respeito dos homens pelas mulheres, a modéstia, entre outras coisas.
Para encerrar, peço que os rapazes sejam pacientes com as questões mais românticas (e, portanto, mais tipicamente femininas) dos comentários!! rsrs... e, para as mulheres não tão românticas assim, peço que levem em consideração que esta que vos escreve gostaria de ter vivido no século 18, então... rsrsrs...
Enfim, sem mais delongas, vale à pena conferir, rir, se derreter, ponderar e até mesmo discordar! Então, vamos à entrevista! ;P

“No século 18, por haverem regras, eu diria que era uma época melhor para se conhecer um homem ou uma mulher.” (Paul Webster – Produtor)

“Hoje não há regras e não sabemos o que fazer quando nos conhecemos. Apertamos a mão? Beijamos o rosto? Damos dois beijinhos? Um tapinha nas costas? Ninguém sabe. Quebraram-se as regras. Como se faz agora? Não existem regras.” (Jane Gibson – Coreógrafa)

“O comportamento mais aceitável era você parecer que não queria um marido, embora quisesse. Mas sendo a natureza humana o que é, mulheres e homens tinham que encontrar um meio de se atraírem, de deixar o outro saber que aquilo era aceitável. E muito disso acontecia na pista de dança. Dançar era absolutamente fundamental para aquela sociedade, em termos de se encontrar um bom marido e uma boa esposa. Quando se ia a um baile, ou se houvesse dança no final de uma festa, você quase sempre estaria na presença de seus pais. Então se você pensar em como quer se comportar com seus pais olhando...” (Louise West – Casa de Jane Austen)


“Sempre existem códigos de conduta entre jovens que estão se cortejando. Achamos que nos livramos das prisões da etiqueta, mas isso não é verdade.” (Joe Wright – Diretor)


“Era muito definido, muito claro. E muito útil, eu acho, em retrospecto. Você se levanta quando uma mulher entra no recinto, e se inclina. Hoje achamos isso muito reprimido e formal demais, mas eu gosto disso. Acho que adiciona algo. Acho que na verdade é bastante libertador.” (Matthew Macfadyen – Mr. Darcy)


“O fato de ser difícil falar com alguém por quem estamos apaixonados é bastante realçado na etiqueta da época da Austen, em que não era permitido que se falasse a sós, a não ser quando dançavam. Era o único momento em que ficavam sós, portanto poder usar as danças desse jeito foi um ótimo modo de criar conflitos entre os personagens.” (Joe Wright – Diretor)

“Homens e mulheres podiam ficar juntos sem uma aia e podiam conversar.” (Jane Gibson – Coreógrafa)


“É por isso que a idéia dos bailes era tão empolgante para elas. Pois você podia dançar com o filho do açougueiro, alguém que, num dia normal, você nunca poderia chegar perto e conversar.” (Jena Malone – Lydia Bennet)

“Se você só pode ter contato físico durante a dança, então dançar com alguém é eletrizante. E isso naquela estrutura formal. Especialmente a dança em si. Interpretar os pequenos momentos entre duas pessoas naquela estrutura formal.” (Matthew Macfadyen – Mr. Darcy)


“Eles não se tocam. Mulheres não apertam as mãos do homens. Portanto a primeira vez que Darcy toca Elizabeth é quando ele a ajuda a entrar na carruagem. Que é um momento lindo mesmo. Por ser o primeiro toque de pele na pele. Acho que hoje sequer pensamos nisso. Aperto as mãos das pessoas, beijo no rosto, tudo isso. É interessante pensar que se você não tem aquela natureza tátil, como um toque pode ser importante.” (Keira Knightley – Elizabeth Bennet)


"Ao invés de chegar para alguém e dizer: “Sinto atração por você”. “Aqui está meu telefone”."  (Matthew Macfadyen – Mr. Darcy)

Extraido do blog http://womenofvirtues.blogspot.com/

Créditos da imagens e tumblrs: encontradas na internet.

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